Este mês, precisamente, dia 21, ela festejou seus 98 anos bem vividos, na expressão da palavra. Estamos falando de Dulce, que escapou ao Massacre de Angico, em junho de 1938. É única a sobrevivente.
Morando em Campinas, São Paulo, Dulce Menezes dos Santos ao lado da família, relembra para a imprensa sua vida pelos sertões ao lado do companheiro José Alves da Silva, chamado Criança.
Conta também, como entrou no bando. Perdeu a mãe muito cedo sendo acolhida pelo tio João Felix. Conheceu Criança em uma festa e ele se encantou com a beleza da menina. Menina mesmo, pois tinha apenas 13 anos. O cangaceiro “avisou” que iria levá-la. Dulce teve medo, mas não havia alternativa diante da oferta de Criança: ofereceu ao tio, um bornal cheio de ouro em troca da sobrinha.
A oferta foi aceita e a menina bonita tornou-se a segunda companheira de Criança, já nos últimos meses do Cangaço. Chorou, sofreu e aprendeu a viver daquele jeito.
Hoje é só recordações. Vida longa para Dulce!
Parabéns a essa legítima representante da mulher nordestina.