Hilda Ribeiro era sergipana fugiu de casa para se unir ao namorado conhecido como Zé Sereno, um dos valentões do Bando de Lampião. No Cangaço era chamada de Sila. A cangaceira amiga de Maria Bonita, que na véspera do massacre trocaram confidências.
Sila entrou no Bando em 1936 e passou dois anos correndo pelas caatingas fugindo das volantes, enfrentando outros perigos, mas aguentou firme. Ela, além das demais, foram classificadas por alguns sociólogos de bandida social, a exemplo de E. Hobsbawm. Entretanto, essas mulheres estavam distantes do enquadramento, pois queriam apenas estar junto dos companheiros para o que der e vier.
Sila, era uma delas. Conseguiu escapar do massacre de Angico em 1938, juntamente com Zé Sereno. Assustada, conseguiu abrigo em casa de amigos. Acompanhava o desenrolar do acontecimento à distância e ficou sabendo que o governo Getúlio Vargas teria dado anistia aos cangaceiros sobreviventes. Ela e o companheiro se entregaram e viajaram para São Paulo iniciar nova vida. Zé Sereno conseguiu emprego de vigia e ela costurava em casa e depois na TV Bandeirantes, quando foi descoberta. Deu várias entrevistas chamando atenção pela desenvoltura. Costumava dizer que o Cangaço lhe deu várias lições de vida, uma delas foi saber viver em paz.
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