A entrada das mulheres no Cangaço causou impacto em todos os aspectos. Mas elas só fizeram bem. Estavam ali por opção (na maioria) e desde o início ficou decidido que elas não iriam à luta, pois suas tarefas eram de ser companheiras.
Cozinhar, nem pensar. Atribuição dos homens, assim como lavar, consertar roupas… afinal, eles faziam isso antes, Vida mansa, nem tanto. Conviviam com o perigo a toda hora. Entretanto, aprenderam a atirar por precaução diante da situação perigosa, para dar aviso. Usavam revólver na cintura e levavam faca também. Os acampamentos passaram a ser mais demorados e próximos a rios ou cachoeiras para melhor higiene do bando. Outro benefício que elas conseguiram foi reduzir as invasões nas cidades, e trouxeram, sobretudo alegria. Os cangaceiros deixaram os fuzis de lado para dançar o Xaxado com as suas mulheres. A união entre elas era perfeita e sob comando de Maria Bonita. Virgolino não permitia desarmonia.
Os cangaceiros supersticiosos, uma das crenças estava no sexo. No dizer deles, tinham o “corpo fechado”. Ou seja, nada os afetava até mesmo as balas inimigas. Para tal, usavam medalhas, orações escritas, patuás etc, no pescoço. Era a proteção e para ficar sem elas, era complicado. E por isso, o sexo era raro e não frequente como se pensa, pois acreditavam que sem as proteções seriam facilmente capturados. E mais: após o sexo, teriam que tomar banho para purificação.
E assim, viviam felizes andando pelas caatingas vivendo cada momento como se fosse o último.
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