Nascida no Exu, Pernambuco em 1760, Bárbara Pereira de Alencar foi uma revolucionária de 1817 e da Confederação do Equador (1824), movimentos que visavam a independência do Brasil. Ela é o maior símbolo da mulher guerreira, idealista, uma das líderes da Revolução de 1817 no Crato, Ceará onde morava.
Ainda criança, saiu de sua cidade para o Crato e muito jovem casou-se com o comerciante português José Gonçalves dos Santos. Foi no Cariri que Bárbara projetou-se no cenário político nas lutas em prol da independência numa época em que o empoderamento e feminismo não se ouviam falar uma vez que o Nordeste patriarcal mantinha suas mulheres na cozinha.
Mas seus ideais libertários incomodavam o governo. Perseguida política enfrentou a situação corajosamente acompanhada dos filhos. Nessa luta Bárbara proclamou a República do Crato e foi assim, a presidente do Brasil. A primeira. Mas seu governo durou apenas oito dias. Presa, aliás, a primeira presa política do País, viveu três anos numa cela subterrânea em Fortaleza. Morreu no Piauí em 1832.
Apesar da sua importância história\política, a memória dela é pouco cultuada. A casa onde morou no Crato foi demolida e no seu lugar encontra-se um órgão público. Entretanto, no Exu, na casa onde nasceu existe o Centro Cultural Bárbara de Alencar.
Bárbara é avó do poeta José de Alencar e a escritora Raquel de Queirós é sua descendente.
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