Poucos conhecem a história de Clara Camarão, uma heroína índia poti nascida no início do século 17, na Aldeia Igapó, Rio Grande do Norte. Foi catequizada por padres jesuítas juntamente com o marido Filipe Camarão, um dos heróis da Insurreição Pernambucana. A coragem dela é espantosa, sobretudo, pela época quando mulheres não tinham vez, imagine uma índia.
Clara dominava como poucos o arco e flecha, o tacape, a lança e ainda montava cavalo com destreza. Corajosa, lutava contra os inimigos uma vez que viveu na época das invasões holandesas.
Com espírito guerreiro e líder, criou um pelotão feminino para expulsar os holandeses da localidade de Tejucupapo em Goiana (Pernambuco), atestam alguns historiadores. Essas mulheres guerreiras venceram. E foram chamadas de Heroínas de Tejucupapo.
Essa índia valentona participou também de outras batalhas ao lado do marido Filipe Camarão, a exemplo de Porto Calvo (Bahia) e Batalha dos Guararapes (Pernambuco), que foi a decisiva para a expulsão dos holandeses do Brasil.
A história fez jus a sua coragem bem como feminismo pioneiro por ter a ousadia de abdicar dos afazeres domésticos para ir à luta no campo de batalha. A primeira refinaria o Rio Grande do Norte recebeu o nome de Clara Camarão.
0 comentários