Existem coisas que a gente só acredita porque viu. É o caso de um “texto” da revista Aventuras na História, na sua última edição, talvez. O nome faz jus ao conteúdo, pois nunca li tanta mentira em um só Lugar. Não sei quem é a autora, mas o editor é responsável.
Escrever sobre Cangaço, não é fácil. Requer muita pesquisa, leituras e sobretudo bom senso. No texto impresso nada que foi dito existiu. Uma das muitas inverdades é dizer que, Maria Bonita era uma garota que traía o marido do mesmo jeito que era traída… E ainda apanhava todo dia! Por fim, conheceu Lampião e tudo mudou.
Essa Maria “traíra” andava pela caatinga com vestido de seda, perfume francês, joias e era abusada. E traia Lampião com um comerciante. Qual o homem que se atrevia a olhar duas vezes para ela? Por ser a mulher do capitão, nunca foi estuprada, enquanto as outras sim, e todo dia. Jesus, Maria e José, que história louca é essa?
Essa matéria presta um grande desserviço para os jovens que se interessam pelo assunto. Se eu fosse descendente de Virgolino Ferreira, processava a revista e autora. Teriam que provar essa história da Carochinha. Além do mais, um texto desprovido de um encadeamento lógico. Certamente inspirado em algum livro igualmente louco sem compromisso com a história.
Como sempre digo: Cangaço não é para amadores. E não soltar o que vem na cabeça por achar engraçado. É preciso um basta!
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