Tendo uma vida errante, caminhando, se alimentando nas caatingas, dormir ao léu também não era anormal para os cangaceiros. Os casais ficavam em uma torda (toldo rústico ) separados dos solteiros e faziam dos bornais os travesseiros. Na hora do sexo barulhento e desinibido, eles não se importavam com os demais sob o luar ou na escuridão da noite. E se amavam como estivessem a sós entre mandacarus e macambiras. Esses detalhes foram contados pelos próprios cangaceiros a Amaury Correa, autor de vários livros sobre Cangaço. Tais informações foram confirmadas por Dadá, mulher de Corisco.
Homossexualismo? Jamais. A própria Dadá confessou que só ficou “sabendo disso” anos depois de ter saído do Cangaço, já morando em Salvador. Em uma das suas entrevistas chegou a dizer que, “se por acaso existisse homem efeminado no bando, o Capitão matava na hora”. Esse depoimento tem fé de ofício e põe por terra tantas histórias mal contadas que surgem vazias de credibilidade.
Os cangaceiros solteiros buscavam prostitutas chamadas de “mulheres de ponta de rua” e eram levadas para as caatingas por medida de segurança. Entre tantas, havia uma conhecida como Santinha, de Piranhas. Uma pretinha preferida da turma e também das volantes. Agradava aos dois lados sem se envolver na briga. Até com Coriso ela teve um affair e com o tenente João Bezerra também. Espertinha que só ela, faturou bem, além dos presentes caros, pois sabia guardar segredos.
Havia estupro no bando? Havia sim, mas as volantes não faziam por menos. Na a literatura cangaceira é fácil encontrar os inúmeros relatos da crueldade deles, principalmente nas mulheres dos cangaceiros quando capturadas. Odília, companheira de Mariano disse horrores dos “macacos” na hora do sexo forçado.
Jovens e saudáveis, as cangaceiras engravidam com facilidade, mas seguindo as regras do Cangaço, os recém-nascidos eram entregues as pessoas de confiança, geralmente a um padre, um juiz, ou fazendeiro. Muitos segredos e histórias para contar…
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