Ela nasceu 1872 numa família aristocrata de Peterburgo. Aleksandra Kollontai desde cedo demonstrou inquietações e ainda muito jovem casou contra a vontade dos pais com um oficial de classe social inferior. Teve um filho. Sentindo-se independente, começou a ler as obras proibidas pela Rússia Czarista adquirindo ideias próprias. Não aceitava a posição inferior da mulher.
Tinha uma sensualidade explosiva e se apaixonou pelo melhor amigo do marido sem esconder esse sentimento. “Inventou” uma depressão que foi curar-se na Itália. De volta, totalmente adepta a Marx, defendia o amor livre, o aborto, era contra o casamento e a tarefa de educar os filhos cabia ao Estado e não aos pais, dizia.
Seus discursos ficaram famosos não só pelo conteúdo, mas pela facilidade de expressão. Entretanto, os argumentos eram frágeis. Mesmo assim, influenciava as massas defendendo a igualdade do sexo. Nessa época, foi considerada perigosa, agitadora pelo feminismo exagerado e foi ainda uma das principais cabeças da Revolução de Outubro de 1917. Foi nomeada a primeira embaixadora do mundo pelo partido bolchevique indo para o México, depois para Europa.
Teve vários casamentos e amantes, a maioria com homens bem mais jovens. Atingindo a velhice, lamentou ter sido uma mãe omissa e vivia solitária numa cadeira de rodas. Morreu em Moscou em 1952.
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