Nascida em Poço Redondo, Sergipe, Adelaide tinha muitos irmãos. Os pais Pureza e Lé eram respeitados na redondeza. Por volta de 1934, os cangaceiros Mariano e Criança começaram a visitar a localidade e simpatizam com as irmãs Adelaide ( lado D) e Rosinha que eram bonitinhas e simpáticas. Os cangaceiros não hesitaram e levaram as duas para o bando. Rosinha ficou com Mariano e Adelaide foi escolhida por Criança. Este ficou perdidamente apaixonado pela companheira, sendo de uma fidelidade canina.
Pouco tempo depois, Adelaide engravida. Cuidados redobrados com as andanças nas caatingas. É então chegada a hora do parto. Complicado desde o início, Criança chamou uma parteira experiente, mas a situação era difícil. Foi chamada uma segunda parteira e quase nada adiantou. O sofrimento foi grande. Mãe e filho morreram. Os dois foram enterrados diante de muita comoção.
Criança, o pai, entrou em desespero. Gritava, urrava, esbravejava. Completamente fora de si. Só não se matou, porque seu amigo Mariano tomou a arma e deu-lhe muita bebida. Foi à maneira que o cangaceiro encontrou para aliviar a dor do companheiro. Pelo menos naquela hora. Criança, completamente sem noção, dançava, ria e chorava. No dia seguinte, ele “era um molambo”. Mas na vida cangaceira, não havia tempo e nem condições para lamúrias, sentimentos… Tanto que, o cangaceiro viúvo esqueceu o passado ao conhecer a doce Dulce, uma bela moça com jeito de menina que ainda vive em São Paulo. Recentemente deu entrevista para TV.
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