Roberta Aureliano. Um nome forte. E seu físico também é apesar de ser mignon. Nasceu em Maceió, Alagoas, mas cresceu em Serra Talhada, Pernambuco, na terra de Virgolino Ferreira e desde cedo ouvia as histórias de Lampião “ respirando um ar cangaceiro”. Ao mesmo tempo, convivia com os artistas sertanejos e queria ser um deles. O seu pai, Ronaldo, era ator, autor, poeta e produtor teatral, de quem Roberta herdou o talento.
A menina Roberta voltou para Maceió onde hoje é professora de artes cênicas (licenciada pela Universidade Federal de Alagoas) e mantém uma banda Fulô de Maracujá no gênero forró pé-de- serra, além da Cazuadinha, voltada para o público infantil. Leva uma vida agitada conciliando as atividades de cantora e atriz se apresentando em várias cidades. E numa dessas viagens, Roberta foi parar em Serra Talhada com peça Guerreiro da Viçosa, em 2006 com o Grupo de Teatro Riacho do Meio criado pelo seu pai.
Foi quando o Grupo de Xaxado Cabras de Lampião, viu Roberta no palco e gostou. O convite para ela interpretar Maria Bonita, no espetáculo Massacre de Angico que este ano é encenado pela terceira vez, foi imediato e aceito também. A companhia apostou no talento de Roberta. E nesse espetáculo, ela “incorpora” a mulher de Lampião com seriedade. “Empresto meu corpo e minha voz para viver uma mulher que largou tudo para acompanhar Lampião nas caatingas do Nordeste e virou mito”.
Para mais tarde, essa moderna “Maria Bonita” pretende montar um monólogo musical e performativo que ela já rascunha. Ao lado dos irmãos, pais e amigos, Roberta Aureliano não para de sonhar com novos projetos voltados para a arte.
O espetáculo Massacre de Angico que vive os últimos momentos de Lampião e seu bando ocorrido em 28 de julho de 1938, será encenado em Serra Talhada ao ar livre, no período de 23 a 27 de julho.
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