A coragem e persistência, eram características da personagem dessa mulher notável chamada Gertrude Ederle. Além de ser campeã de natação, recebendo quase 100 medalhas de ouro, Gertrude foi à primeira mulher a atravessar a nado o Canal da Mancha que une a Inglaterra a França.
Nascida nos Estados Unidos, em 1905, filha de imigrantes alemães aprendeu a nadar com o pai na piscina da casa. Ganhou a primeira competição aos 13 anos de idade em Paris em 1924 e, no ano seguinte, nadou 21 milhas em sete horas. Tentou atravessar o Canal da Mancha, mas foi impedida pelo seu treinador.
Teimosa, persistente, Gertrude decidiu que dessa vez, ninguém a segurava e lá se foi à nadadora em agosto de 1926, atravessar o Canal de Mancha em estilo crawe. Á água fria, o vento forte e a chuva, nada disso foram obstáculos para ela. Nadou durante 14 horas e 30 minutos. Conseguiu. O feito, além do pioneirismo, bateu recorde. Dupla vitória. Ficou apelidada de “rainha das ondas”.
Entretanto, em 1933 Gertrude levou uma queda desastrosa na escada de casa afetando a coluna. Os médicos disseram que ela jamais voltaria a nadar. A força de vontade dela era maior que os limites. Três anos depois, Gertrude arrancou fortes aplausos em nadar numa piscina durante um evento mundial.
Decidiu não mais competir e passou a ensinar natação às crianças com deficiência auditiva. Ela mesma tinha esse problema causado por sarampo na infância. Morreu em 2003 nos EUA.
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