Poucos sabem, ou se lembram de quem introduziu percentuais para aplicação na educação, através dos recursos arrecadados em impostos no Brasil. Ester Ferraz, uma paulistana, quando ministra da Educação no governo João Figueiredo (1982-1985) teve essa ideia. Aliás, Ester foi à primeira mulher no País, a ocupar o cargo.
No ministério, promoveu uma reforma universitária e planos de carreira para professores. Outro ponto a ser destacado refere-se à criação de escolas técnicas federais em todo País.
Ela pode ser chamada de mulher nota 10, uma vez que foi a única que conseguiu nota máxima em todo curso de Direito na USP. Especializou-se em Direito Penal. Pioneira também, em atuar no Tribunal do Júri, onde antes, só vozes masculinas eram ouvidas.
O pioneirismo dessa educadora, nascida em 1915, retroage. Foi a primeira a ensinar na USP, a primeira a fazer parte da Comissão de Ética da OAB/SP e ainda, a primeira reitora da Universidade Mackenzie. Antes, exerceu advocacia, magistério sendo depois, secretária de Estado.
Ester Ferraz é uma referência de pioneirismo feminino no Brasil. Recebeu vários títulos, entre eles, o Doutor Honor is Causa, do Centro Universitário da Cidade do Rio de Janeiro, Mérito Nacional em Educação e tantos outros.
Morreu em 2008, aos 93 anos, vítima de um AVC. A OAB/SP destacou o seu legado histórico, seu pioneirismo e, sobretudo seu talento. No seu livro de memórias, ela diz que “ a vida só tem significado se representar um aprendizado”. Nisso, ela foi grande mestra. Este 2014 é ano do seu centenário.
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