Dadá atirava com destreza. Tinha boa pontaria, valentona e a mão certeira no rifle era a mesma que bordava. Foi a estilista do Cangaço inovando os bornais com florais coloridos e colocando estrelas, signo de Salomão, moedas, fitas, nos chapéus dos cangaceiros. Buscava inspiração no Raso da Catarina, Bahia por ser um lugar tranquilo. A sua história já inspirou filmes.Hoje, 25 de abril era faria 105 anos.
Aos 13 anos foi raptada por Cristino Gomes da Silva Cleto, o Corisco, chamado de “o diabo louro” devido à cor dos cabelos e valentia. Dadá, quase criança teve uma lua de mel violenta nas caatingas baianas, mas depois acabou se acostumando com a nova vida diante da atenção que recebia do companheiro. Corisco teve a paciência de lhe ensinar a ler, escrever, fazer contas e atirar. Teve sete filhos, mas somente três sobreviveram.
Era o ano de 1939 com Lampião já morto, Dadá assumiu o comando do grupo de Corisco durante um tiroteio com as volantes. Corisco foi gravemente ferido nas mãos ficando sem condições de revidar ou mesmo dar ordens. Dois anos depois, numa emboscada da volante Zé Rufino, Corisco foi gravemente ferido novamente e Dadá também na perna direita. Mesmo assim, comandou a batalha com uma força e determinação masculinas. Corisco não resistiu e morreu. Ela foi presa e diante das poucas condições de higiene da cadeia lhe custaram à amputação da perna.
Sua coragem e superação foram reconhecidas pela Câmara Municipal de Salvador em 1980 “pela sua luta e representatividade feminina”. Morreu em Salvador, Bahia, em fevereiro de 1994.
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