O Cordel foi o grande responsável pela divulgação do Cangaço nos anos 30, época de comunicação difícil e esse tipo de literatura era o preferido nos sertões, principalmente nas feiras livres. E, foi por meio dele, que Maria Bonita começou a ser conhecida. Até então, sua imagem não era revelada, O seu rosto, ficava por conta do imaginário, junto com as façanhas de Lampião.
Segundo o professor Roberto Benjamin, o Cordel exercia uma função importante na comunicação rural e contribuiu muito para a mitificação de Maria Bonita. E ainda hoje o “ Apaixonamento de Lampião”, um dos mais famosos, é procurado. Foi escrito pelo cordelista Abraão Batista.
De todas as cangaceiras, Maria Bonita foi a única a ter sua história narrada em versos. O cordelista Antonio Teodoro dos Santos, por exemplo, dedicou-se totalmente a mulher do capitão. Seus versos, e outros, atualmente estão na internet acompanhando a mídia atual e mantendo o mito Maria Bonita aceso.
Um dos versos diz:
Maria Déa formosa
Embriagou Lampião
Com sua beleza nata
Dominou seu coração
Suas faces pareciam
Com o luar do Sertão
(Manuel d’Almeida Lins)
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