Alzira Marques era uma jovem sertaneja sergipana que gostava de dançar, especialmente forró. Ela contou detalhes para uma jornalista paulista, como fazia para escapar do controle do pai e ir dançar com as cabras de Lampião. Tudo era combinado com a tia. Com12 anos de idade, a exemplo das demais, iam as danças. Saiam em grupo, após os pais dormirem e caminhavam até o local das danças.

Mas antes, um dos cabras do Bando, avisava detalhes do forró. Chegada a hora, Alzira com a permissão da tia seguia feliz para a fazenda próxima e já encontrava animação. Geralmente encontrava cerca de 20 cangaceiros número superior das damas. Lampião avisava logo que exigia respeito, pois ali estavam moças de boas famílias conhecidas. E tome forró, xaxado e baião. Tudo a luz de candeeiro. Os cangaceiros dançavam bem, especialmente Lampião que cantava também.

Alzira encontrava com Maria Bonita, que nem era tão bonita assim, na sua opinião. Numa das vezes, viu Dulce, que já conhecia. A comida e bebidas eram fartas. Galinha, peixe, carne, milho cozido etc. O sanfoneiro, geralmente era o Né Pereira. Enfim, todos conhecidos. No final, Lampião presenteava as meninas com 20 mil reais, um bom dinheiro.

Alzira entregava essa quantia a tia protetora que a aguardava em casa por volta das 04h da manhã, quase o dia amanhecendo. Dava tudo certo. Assim, contou para uma jornalista de turismo em Canindé, onde morava com filhos e netos no alto dos seus 80 anos.