Nasceu em Belém do São Francisco, Pernambuco, em 1915 e recebeu o nome de Sérgia Ribeiro. Hoje, 7 de fevereiro, fez 25 anos de sua morte. Conhecida como Dadá, foi casada com o cangaceiro Corisco. A única do Bando a ser enquadrada como cangaceira, pois, além de atirar com destreza, comandou o grupo quando seu marido esteve ferido.
Dadá tinha boa pontaria, valentona e a mão certeira no rifle. A mão que atirava era a mesma que bordava. Foi a estilista do Cangaço inovando os bornais com florais coloridos e colocando estrelas, signo de Salomão, moedas, fitas, nos chapéus dos cangaceiros. Buscava inspiração no Raso da Catarina, Bahia por ser um lugar tranquilo. A sua história começa aos 13 anos quando foi raptada por Cristino Gomes da Silva Cleto, o Corisco, chamado de “o diabo louro” devido à cor dos cabelos e valentia. Dadá, quase criança teve uma lua de mel violenta nas caatingas baianas, mas depois acabou se acostumando com a nova vida diante da atenção que recebia do companheiro. Corisco teve a paciência de lhe ensinar a ler, escrever, fazer contas e atirar. Teve sete filhos, mas somente três sobreviveram.
Era o ano de 1939 com Lampião já morto, Dadá assumiu o comando do grupo de Corisco uma vez que seu companheiro foi ferido num tiroteio com os volantes e sem condições de pegar em armas, ou mesmo comandar. Dadá saiu-se bem. Dois anos depois, numa emboscada do volante Zé Rufino, Corisco foi novamente ferido bem como Dadá na perna direita. Sobreviveu.. Corisco não resistiu e morreu. Ela foi presa. Diante das poucas condições de higiene a perna ferida teve que ser amputada. Ficou numa cadeira de rodas e trabalhou em São Paulo como costureira onde deu várias entrevistas.
Sua coragem e superação foram reconhecidas pela Câmara Municipal de Salvador em 1980 “pela sua luta e representatividade feminina”. Morreu em Salvador, Bahia. Depois de Maria Bonita é a cangaceira mais famosa.
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