Mulher “macha” era ela. Presa durante um tiroteio entre a volante e o bando de Corisco nas proximidades de Jeremoabo (Bahia), numa manhã de maio de 1935, Otília foi levada para a cadeia. Apanhou muito e foi torturada durante dias pelo tenente Saturnino para que revelasse os segredos do Cangaço. Não contou nada. Saturnino acabou desistindo e mandou soltá-la. Não foi processada.
Entretanto, na prisão sem agressões, deu entrevista espontânea para o Diario de Notícias, de Salvador e fez revelações. Disse que os cangaceiros chamavam Maria Bonita de Basé, que ela era teimosa, brigava com Lampião por ciúmes, e o apelido era merecido. Contou ainda como foi perseguição da polícia e a fuga dela e de Dadá, ambas grávidas para a Serra do Periquito, em Pernambuco onde tiveram os filhos. Dadá pariu primeiro, no dia 11 de março e ela, dias depois.
A criança de Otília, com três dias de vida foi entregue ao padre Firmino Pinheiro, da Paróquia de Mata Grande, Alagoas com um bilhete: “ Padre Firmino, mando esse menino para o senhor criar. Ele não tem culpa dos erros do pai. Nasceu a 21 de abril às 08 horas da noite, filho de Mariano Laurindo Granja e de Otília Maria de Jesus. Peço ao senhor para ser o padrinho e Nossa Senhora, a madrinha. Seu criado, Mariano Granja”.
O menino recebeu o nome de José.
Otília Maria de Jesus era a companheira do cangaceiro Mariano. Entrou no Cangaço aos 21 anos e permaneceu quatro. Baiana, morena clara, estatura média, entrou no Cangaço aos 21 anos e permaneceu por quatro. Contam que casou novamente e estava viva até 1965.
ela entrou aos 15 anos e entrou no cangaço pra não morrer,ela mesma disse isso na entrevista do documentário Memorias do cangaço de Paulo Gil Soares
Nao,aquela era Adilia,companheira de Canario
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