Mulher mais corajosa não havia no Ceará. Vocacionada para a política, comandava seu Cariri com mão de ferro, comportamento de coronel. Seu pai, João Carlos Augusto, líder político, passou seu DNA para a filha que até o superou. Fideralina Augusto Lima, nasceu em 1832, em Lavras da Mangabeira e há quem diga que não se escreve a história da Região Cariri do Ceará, sem citá-la. Agia como um verdadeiro líder desde jovem. Respeitada, temida, poderosa. Viveu a época do coronelismo, escravatura e Cangaço.
Casou com Idelfonso Lima com quem teve 11 filhos. Ficou viúva e seu poder econômico e político ampliou. Ela teve papel de destaque na Revolução de 1914, conhecida como a Sedição de Juazeiro. Enfrentou conflitos políticos e sendo vitoriosa. Sua biografia inspirou a escritora cearense Raquel de Queiroz a escrever Maria Moura, que virou seriado de TV.
Símbolo do mandonismo no estilo coronelismo. Morreu em 1919 aos 87 anos e alguns descendentes são políticos. Fez história.
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