Suas origens explicam bem a sua determinação e coragem para enfrentar desafios. A palavra medo não faz parte do seu vocabulário. Ela traz no DNA a valentia dos Siqueira Campos pelo lado materno e senso de justiça pelo lado paterno. Wanja Campos da Nóbrega é simplesmente neta de Chico Pereira, o famoso cangaceiro da Paraíba.
Mas com toda essa herança, ela tornou-se diplomata de carreira e hoje, ocupa o posto mais alto na diplomacia: embaixadora do Brasil em Daca, capital de Bangladesh, sendo muito jovem para tanta responsabilidade. Mas para chegar aí, teve que se esforçar muito, mostrar capacidade o tempo todo. A começar encarando as provas do Instituto Rio Branco há 29 anos. Aprovada, teve o seu primeiro sonho realizado.
Antes, estudou Relações Internacionais na Universidade de Brasília e foi nesse aprendizado que a diplomacia lhe chamou atenção, pois conhecer países, outros povos, outras culturas, outras formas de pensar era o seu grande sonho. E partiu em busca dele, traçando o seu caminho. O inglês não lhe assustava, uma vez que tinha terminado o curso e feito intercâmbio nos Estados Unidos. Faltava à segunda língua, o francês. E foi aprender. O concurso do Instituto Rio Branco exigia o domínio de duas línguas no vestibular. As outras aprenderia por onde fosse passando.
Diplomada, como todo iniciante da carreira fez estágio no Itamaraty, em Brasília, aonde chegou aos 4 anos de idade vinda do Recife com os pais e irmãos. Todos pequenos. Em 1987 ganhou o seu primeiro posto: Terceira Secretária na Embaixada do Brasil em Paramaribo ( Suriname, América do Sul) , depois Paris (França), Argel (Argélia), aos poucos ia subindo os degraus da carreira sendo conselheira, ministra, etc. Em Washington (Estados Unidos), Wanja assumiu a função de cônsul. Foi à vez do Canadá e, finalmente, Bangladesh na Ásia onde se fala o bengali.
E sem falar nas missões especiais como as da na Bolívia, África do Sul, Austrália, Itália …. Ela diz que chegar num país estranho para morar por tempo indeterminado, “é como receber um presente de Natal. Uma mistura de curiosidade, ansiedade e um friozinho na barriga”. E nesse giro em torno do mundo, Wanja casou com um também diplomata, Aldemo Garcia. As filhas do casal Nina e Alice nasceram em Paris e elas se adaptaram bem ao tipo de vida um tanto cigana. Atualmente, distantes da mãe, estudam. Uma na Universidade de Toronto, Canadá e a outra em Carolina do Sul (EUA).
E o futuro? Ainda não tem definição, mas gostaria de morar numa praia de Pernambuco, seu Estado natal “que tem mar com água morna”.
Wanja é filha de Raimundo Pereira da Nóbrega, filho mais velho de Chico Pereira, engenheiro civil e de Wanice Campos da Nóbrega, professora. É também neta de Jarda Nóbrega, a “esposa menina” de Chico Pereira. Como se vê, a diplomata tem muito a quem puxar para saber enfrentar situações difíceis, seja no campo profissional ou fora dele, sempre com diplomacia.
Wanja é uma Maria Bonita.
NOTA DA EDITORA – Essa menina é a minha segunda sobrinha, filha da minha primeira irmã. Quando pequenininha, causava risos na família com seu jeito engraçado de falar, pois trocava as letras das palavras e hoje, virou poliglota. À medida que Wanja ia escalando os postos necessários da carreira, eu sempre perguntava quando ela estava no Brasil – você quer ser embaixadora ou embaixatriz? Embaixadora é a titular e embaixatriz, a esposa do embaixador. A resposta vinha veloz: embaixadora! Tai, e não é que foi?
Wanja eu sou filha do proprietário do sitio o qualo seu avô (Chico Pereira) foi morto.
Então, a primeira missa celebrada no local por Frei Albano, seu Chico e acredito que seu pai Mônica e outros foi tudo filmado e segundo Frei Albano quando tinha condições ainda de celebrar a missa que ainda acontece todos os anos ele me informou que essa filmagem estava com Mônica; como eu nãotenho como falar com ela quero saber se você pode se informar se ela ainda tem essa filmagem por que é uma lembrança dos meus pais que já faleceram como seu tio Chico Pereira e o irmão dele que também estavam presentes, agradeçoe aguardo se possivel sua resposta.
Margarete,
Entrei em contato com as netas de Chico Pereira, e quem fotografou foi Mônica.Não filmou. Ela diz que entregou a alguém, mas não se lembra. Entre em contato com ela pelo face.Abraço, Wanessa