Ela nasceu na Aldeia Velha, conhecida como Igapó, área dos índios potiguares no Rio Grande do Norte, no século 17. Catequizada pelos jesuítas tornou-se católica junto com outros da tribo e passou a ser companheira do português Antônio Felipe Camarão, de quem herdou o sobrenome: Camarão. Seu nome verdadeiro ficou esquecido, mas ficou famosa como Clara Camarão.
Sendo índia, usava o arco e flecha, bem como o tacape, lança com maestria e ainda cavalgava com velocidade. Esses predicados foram valiosos na luta contra os holandeses no Litoral pernambucano, precisamente numa aldeia em Goiana, onde aconteceu o episódio do Tejucupapo. Clara, esteve à frente da linha de batalha comandando um verdadeiro exército feminino enfrentando os holandeses com suas espadas enquanto os homens da aldeia faziam uma barreira impedindo o acesso deles. As mulheres conseguiram expulsar os invasores jogando água quente com pimenta nos olhos azuis dos holandeses. Fugiram. Eles buscavam comida.
O episódio que entrou na história como Heroínas de Tejucupapo, deve muito a índia Clara Camarão. Pelo feito, ela recebeu o título de Dona e do Hábito de Cristo, do rei Filipe IV.
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