Era janeiro de 1909, quando a doméstica Joana Batista Ramos, em companhia de Matias da Rocha, compôs uma marchinha carnavalesca para o Clube Vassourinhas. A dupla estava no bairro de Beberibe, no Recife, numa casa de palha em frente à Estação do Porto da Madeira. Mais tarde, a composição foi transformada em frevo passando a ser Hino do Carnaval pernambucano.
A marchinha, que, de início, era cantada pelos foliões do Clube Misto Vassourinhas quando regressavam à sede para recolher os estandartes. E por isso, passou a ser chamada de Marcha Regresso. O sucesso aumentava ano a ano, tanto que, ela foi gravada pela primeira vez em 1945 pela Continental sendo cantada por Castro Borba e Déo com mudanças na letra original, segundo o historiador e escritor Leonardo Dantas.
A dupla Joana e Matias cedeu a composição ao Clube Vassourinhas. Hoje, a marchinha que nasceu em ambiente humilde, há exatos 109 anos, por compositores igualmente humildes, é a maior frevo de Pernambuco tendo as digitais de uma mulher doméstica.
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